A grande estratégia chinesa

Estado de S. Paulo | Democracias liberais têm muito o que discutir em termos de coalizões internacionais

Alavancada pelo desempenho econômico mais extraordinário da história recente e provocada pelas tensões comerciais com os EUA, as demandas pelo desenvolvimento social da população e a pandemia, a China está acelerando sua grande estratégia de evolução interna e externa, política e econômica. Esta estratégia foi tema de um seminário promovido pelo Centro Empresarial Brasil-China com o historiador Jonathan Fenby.

“Duas facetas da estratégia chinesa são projetadas para se encaixar: o desenvolvimento econômico e o controle político em casa e fora”, resumiu Fenby. A China deve consolidar seu papel como economia que mais cresce – 5% em média pelos próximos 15 anos –, mas com a crescente ambição de influenciar a política externa e fortalecer o domínio do Partido Comunista na política interna.

Os pilares econômicos vêm sendo consolidados nos oito anos em que Xi Jinping está no poder: “Fortalecer a economia doméstica; impulsionar o consumo; encorajar tecnologias avançadas; remodelar as cadeias de valor; e reduzir os riscos gerados pelo padrão do crescimento do passado”. Já no exterior, “a China promoverá seus interesses tanto regionalmente quanto globalmente, buscando mais voz em organizações internacionais”.

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